quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Da vida e de suas jornadas.

Há sempre subidas e mãos trêmulas
na terefa de conhecer-me.
E desconvicções. E buracos no peito.
E choro que não sai - talvez seca de dentro pra fora.

Momento forte pra mim, este. Nele sei como sou:
Me zango
Me fecho
Envelheço
Adoeço.
E de um modo muito mais sério que pensava que podia...

Sou difícil
Sou seca
Instável
E preciso de afeto
De aceitação.
E com um desejo bem maior do que pensava que queria...

Estou crescendo? Nem sei.
Me vendo.
E gostando muito de ver.
E muito sofrendo por me ver.
Indo na direção que é preciso ir e
quem sabe - me lendo.
Aprendendo aquilo o que preciso aprender.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Dezenove, Novembro


Quem sou?
Quem desenhei quando
escolhi falar?

Alguém que não era
tão eu
como parecia ser?

Alguém que
parecia ser
e não era bem assim?

Me vi
não gostei
parti.
pra ser.

sábado, 26 de julho de 2014

Quero escrever poesia
dia após outro
pra você.

Sem lápis,
papel ou rima,
sem métrica ou teoria.

No barulho do dia.

Quem sabe
com o café da manhã
antes de ir.

Quem sabe
com meu envelhecer
 com você.

Ou vendo aquele filme
que me convidar,
só pra não perder de estar...

(Aquele mesmo que pode me fazer dormir.)

Quero escrever poesia
dia após outro pra você.

Escolhendo palavras
pra, quando em raiva,
não magoar.

Mas se acontecer,
me redimir.

E recomeçar
com um redobrado amar.

Quero escrever poesia
dia dia dia dia
pra você.

domingo, 13 de julho de 2014

O amor não acaba.
 Apenas toma um caminho
que não mais o levará àquele
x no mapa.

Se afasta, por vez, infinitamente,
do ponto que um dia planejou chegar.

E segue outros caminhos.

Desbrava histórias novas,
percorrendo
vales e montanhas verdes,
visitando
flores e ribeiras,
vencendo
rochedos e desfiladeiros.

Aprende, talvez, que não se deve colocar
um outro x em nada.

Só seguir o mapa sem fim.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Eu me vi parando ali
naquela esquina de mim mesma.
Nada a procurar
nada a querer encontrar.

Ali dentro de meus pensamentos

fora de tudo
alheia e ligada
num espaço iluminado
rendia-me aos simples fatos.



sábado, 7 de junho de 2014

Dentro de mim
um mundo. 
Um pensar
que afoga. 
Um sentir que inunda.
Um nada um tudo
dentro de mim.


sábado, 31 de maio de 2014

Nem bem conheço a luz que brilha
no fundo dos teus olhos
ou mesmo a cor que emana
de ti quando sorri.
Mas despeço-me de minhas convenções
e busco no peito
todas as razões.

Você -

mulher menina -
forte, doce,
decidida.

Você -

menina -
princesa, plebeia, real,
linda.
Linda.
Toda linda.